quarta-feira, 27 de julho de 2016

CAPRI, ITÁLIA_EUROPA

DÉCIMO OITAVO DIA - CAPRI

O dia surgiu com jeito de chuva. O único dia sem sol durante toda a viagem. Logo no dia de conhecer a ilha de Capri?
Saímos rumo a Nápoles. O céu nublado mostrava, vez ou outra, alguns raios de sol.
Pitorescas as casas de Nápoles com suas sacadas coloridas na chegada ao porto.

Caiu uma pancada de chuva antes de embarcarmos para Capri. A guia fez prece popular para um santo, da região onde ela nasceu, pedindo que a chuva parasse. E o chuvisqueiro parou mesmo.
Avistar e fotografar o vulcão Vesúvio são um desafio. Consegui fazê-lo com o céu limpo e depois com uma nuvem centrada no topo do gigante adormecido. Ficaram excelentes.
O vento estava solto a toda velocidade. Tínhamos que ficar sentados no convés porque em pé era impossível ficar. Isso não impediu muitas risadas e muitas fotos.
Capri é qualquer coisa de sonho! Que lugar lindo! 

A ilha de Capri, situada no mar Tirreno, é conhecida pelo seu charme e beleza naturais, e conta com dois municípios – Capri e Anacapri – e dois portos – Marina Piccola e Marina Grande.
Esta ilhota, que já foi um pacato reduto de pescadores e agricultores italianos, hoje, chega a receber cerca de dois milhões de visitantes por ano. No século XIX, encantados com a beleza e os atrativos de Capri, ingleses e alemães provocaram uma reviravolta na vida dos habitantes – os pescadores passaram a alugar os seus barcos para passeios e os agricultores transformaram as propriedades em pequenos hotéis. Capri sempre exerceu um grande fascínio entre os nativos.
A ilha terá sido descoberta pelos romanos em 29 a. C., quando Augusto, o primeiro imperador romano, voltava de uma campanha militar do Oriente e foi amor à primeira vista. Assim, partiu dele a ordem de edificar diversas villas, as típicas construções do Mediterrâneo, entre elas, a sua residência de verão.
O seu sucessor, Tibério, chegou a governar o império romano da Villa Imperial e ergueu 12 mansões em Capri. Da maior delas, a Villa Jovis, restaram apenas ruínas, que, ainda hoje, podem ser visitadas. Porém, o requinte e o bom gosto permanecem. Um cheiro delicioso domina as ruas, isto porque a ilha abriga a mais de 600 anos duas fábricas de perfumes que aproveitam as flores típicas, o limão e a laranja para extrair as suas essências.
Nas suas vielas, além do aroma, há uma profusão de boutiques de marcas internacionais, lojas, ateliers, galerias, mercados de fruta e muita gente chique por ali a passear.
Mas este movimento não se verifica só em terra firme. Lanchas, iates e transatlânticos rodeiam a ilha ou congestionam a Marina Grande.
Graças à sua formação calcária, Capri está repleta de grutas. 
Chegamos e rapidamente já nos dirigimos para as lanchas na Marina Grande, que nos levariam ao passeio em torno da Ilha.
A estátua de bronze de Odisseu está sobre uma das rochas. Diz a lenda que Sirenas habitavam os rochedos entre a Ilha de Capri e a costa da Itália. Cantavam com tanta doçura que atraiam os tripulantes dos navios que passavam por ali para que os navios colidissem com os rochedos e afundassem. Odisseu, personagem da Odisseia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos e amarrou-se ao mastro de seu navio. Ao chegar na ilha ficou preso em um rochedo, tentando avisaras embarcações que passavam acenando continuamente. Em sua homenagem foi colocada a estatua representando o aviso contra as Sirenas. Dizem que se deve acenar para ele como se tivesse entendido o recado e, assim, um dia poder voltar à Ilha.
D E S L U M B R A N T E como todas as letras! Que passeio fascinante!
Entre as rochas a beleza se derrama e chega à cor verde esmeralda e azul celeste do mar. 
 

 Chegamos com a lancha bem perto das Furnas onde a cor do mar é indizível.




Mais adiante se avistam os Faraglioni de Capri, que são os três picos de rochas que saem do mar a poucos metros da costa. Cada um tem um nome: o primeiro, unido a terra, chama-se Stella; o segundo, separado do primeiro por um pedaço de mar, Faraglione di Mezzo; e o terceiro, Faraglione di Fuori ou Scopolo. Sobre o Scopolo vive a famosa Lagarta Azul dos Faraglioni, a Podarcis Sicula Coerulea, e é o único lugar do Mundo onde se pode encontrá-la. Dizem que ela ficou azul para se camuflar com o mar e com o céu. Os Faraglioni têm cerca de 100 metros de altura, sendo que o Fariglione di Mezzo abre-se num arco.

Passamos pelo Fariglione di Mezzo com direito a fotos e muitos gritos, pois as guias disseram que a tradiçao pede que se gritem: VIVAS! Fomos obedientes e seguimos o ritual.
 





Depois desse passeio maravilhoso, desembarcamos para subir em micro-ônibus que nos levariam a Anacapri para o almoço.
O que não nos disseram sobre o trajeto era que a estrada íngreme e estreitíssima, cheia de curvas perigosas, em alta velocidade, tipo aventura de Indiana Jones, nos proporcionaria grandes emoções!
Anacapri é a segunda cidade da Ilha com seu labirinto de ruas estreitas com muitas flores e casas ajardinadas.
Nosso almoço foi delicioso e festejávamos o sucesso da nossa jornada.
 Voltamos pouco depois para a Marina Grande porque nosso barco estava previamente agendado com horário marcado.
Na descida mais fotos e vídeos de um lugar onde mora a beleza!
Dois barcos estavam atracados no porto. Houve uma pequena confusão de números sobre em qual dos barcos deveríamos embarcar e em que píer estava atracado o nosso. Consegui agrupar comigo alguns dos companheiros de viagem e acabamos por embarcar separados dos outros, sem intenção, por culpa do atropelo da quantidade de gente que embarcava. Era o último horário.
Correu tudo bem e nos encontramos no porto de Nápoles, sãos e salvos. Os guias respiraram aliviados ao fazer a contagem dos passageiros e agradeceram a minha presteza em auxiliar no embarque.
“A lo mejor”, meus olhos se extasiaram com a beleza de Capri. Foi um dia memorável e inesquecível. Essa viagem está me oportunizando intensos momentos especiais, dias de sol e luz, deslumbramentos constantes.
E o VESÚVIO compondo a paisagem!
De volta a Roma para o repouso merecido.
Amanhã seguirei para Lisboa, Portugal para encerrar com chave de ouro a viagem dos meus sonhos. A todos que tornaram possível essa aventura, os que ainda vejo e os que não vejo mais, agradeço com o melhor de mim. E que saibam que estiveram presentes em meus pensamentos durante cada minuto.

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