domingo, 31 de julho de 2016

SINTRA, PORTUGAL_EUROPA

VIGÉSIMO DIA - SINTRA - PORTUGAL
"Em toda a terra portuguesa, em toda a terra da Europa, Sintra surge como um dos mais belos e raros lugares que a invenção prodigiosa da natureza logrou criar", escreveu o poeta Afonso Lopes Vieira. Sintra é, sem dúvida, um dos paraísos de Portugal, tendo sido declarado pela UNESCO, em 1995, Patrimônio Mundial, no âmbito da categoria Paisagem Cultural.






O seu nome deriva da palavra Cynthia, símbolo da lua na mitologia céltica. Os romanos chamavam-lhe Mons Lunae, o monte da lua, e aí eram feitos sacrifícios em sua honra. Essa carga mística, esse estigma com contornos quase sobrenaturais mantém-se até hoje. 
Sintra é anualmente visitada por muitos turistas atraídos pelas belezas naturais, pelos monumentos e pela história da vila e, ao mesmo tempo, para aproveitarem as diferentes praias das redondezas.
Envolta numa neblina característica, é na Serra de Sintra que podemos encontrar o Castelo dos Mouros, construído durante o período de dominação árabe, o Palácio da Pena, o Convento dos Capuchos, o Palácio Nacional de Sintra e o Palácio e Jardins exóticos de Monserrate.




Nos seus três Palácios Nacionais - Vila, Pena e Queluz - e na série de Museus Municipais, admira-se um importante espólio histórico- artístico.
Desde tempos remotos, que a atmosfera poética e romântica de Sintra atrai numerosos artistas humanistas. O seu prestígio ficou registado nas quintas de recreio em redor da Vila e nos ideais românticos que se traduzem na remodelação ou construção de quintas e palacetes.
Na segunda metade do século XIX, Sintra adquiriu um estatuto de vila burguesa essencialmente consagrada ao prazer e ao ócio, constituindo-se então vários hotéis e pensões imortalizados através da pena de afamados escritores da época. Simultaneamente, na sua periferia instala-se gente de grandes recursos econômicos, trazendo novidades arquitetônicas, sobretudo na moda dos revivalismos e do ecletismo, que influenciaram a arquitetura vernácula. Entre as novidades, destacam-se os chalets, que inclusive se ergueram em espaço urbano.
Construída numa zona de maior declive, no sopé da Serra, a "Vila Velha" desenvolve-se entre o Palácio Nacional, antigo Paço Real, e a própria Serra.
No núcleo mais antigo do Centro Histórico, de assentamento medieval, multiplicam-se. As amplas propriedades, isoladas pelo arvoredo e por muros cobertos de musgo e fetos, que a sombra e o clima húmido favorecem. Esta vegetação faz parte integrante da imagem e da especificidade do Centro Histórico de Sintra.
As praias que se destacam num raio de 8 a 20km são a Praia Samarra, a Praia da Adraga, a Praia das Maçãs, a Praia das Azenhas do Mar, a Praia do Magoito, a Praia da Aguda e a conhecida Praia Grande.
Sintra orgulha-se das suas especialidades gastronômicas, como os pasteis regionais "travesseiros" o Cabrito assado, as famosas queijadas de Sintra, os Pastéis da Pena, as Nozes de Galamares e os Fôfos de Belas. E ainda o vinho da Região demarcada de Colares (Adega Regional de Colares).

Caminhei por uma rua íngreme, muito pitoresca e estreita repleta de lojinhas de artesanato. Comprei algumas recordações. Porem, desisti de continuar subindo porque era demais para mim. A rua era toda calcada com paralelepípedos antigos e escorregadios. Não senti firmeza.

Voltei para frente do Palácio de Sintra e aproveitei para algumas fotos. No alto, vi o Castelo dos Mouros e registrei bons instantâneos, também. Muito linda a pequena cidade.
Um restaurante com mesinhas na calcada estava convidativo para um repouso. Pedi uma fatia de torta, que, por sinal, estava deliciosa e tomei duas taças de chá. O garçom muito atencioso tirou algumas fotos desse momento.
Desse aprazível restaurante nos dirigimos para o ponto de encontro onde nos esperava o ônibus para nos reconduzir a Lisboa.
Na passagem vi algumas camisetas com desenhos lindos de Portugal. Não resisti. Comprei duas e ainda sobrou-me tempo até que todos os parceiros da viagem chegassem ao ônibus.
Voltamos num silêncio completo. O cansaço estava nos vencendo.
Foi um alívio chegar ao hotel para um descanso curto, porque tinha que fechar as malas para a saída do dia seguinte, rumo ao aeroporto, bem cedinho.
Da janela do quarto, tirei uma foto de Lisboa ao anoitecer. Expressivo momento!
O ritual de todas as noites, não se repetiu nesse dia. Só precisei colocar tudo em ordem para a partida e tratei de dormir.

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